Nunca, nada, pareceu ou foi tão real e, ao mesmo tempo, tão negro.
(...)
Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado
E de repente, era assim do nada, como um ser iluminado
Tudo fazia sentido, respirar fazia sentido, andar fazia sentido
Todo o pequeno pormenor em pensamento perdido
Era isto que realmente importava
(...)
Não estou capaz de ir atrás mas vou porque sou
Trapalhão perdi a chave nem sei o meu caminho
Nestes dias difusos em que ando sozinho, definho
Á procura de uma casa nova do caixão até à cova
O percurso é duro em toda a linha sempre à prova
(...)
Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas onde é que há razões para nos sentirmos tão sós
Não vejo a hora de voltar lá para dentro; faz frio cá fora, faz tanto frio cá fora.
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