"Talvez tudo já esteja perdido de antemão, num qualquer lugar remoto. Ou então existe um sítio onde todas as coisas desaparecem, fundido-se umas nas outras, até formar uma única imagem. E, à medida que vamos vivendo, mais não fazemos do que descobrir - puxando-as para nós, umas atrás das outras, como quem desenrola um fio muito fino - tudo o que ficou para trás. Fechei os olhos e esforcei-me por me lembrar do maior número possível de coisas belas que tinham desaparecido da minha vida. Esforcei-me por chamá-las a mim, retê-las entre as mãos, mesmo sabendo que a sua existência seria efémera."
É, não é?
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