24 de julho de 2017


logo à noite,
encontra-me no Eduardo,
sob um céu estrelado,
por entre labirintos verdejantes,
olhares sucintos e expectantes.

onde Lisboa nos enche de vida,
na partilha de uma felicidade contida.

onde o Marquês estremece
e o teu sorriso me enternece.

onde a Liberdade é afluente do Tejo
e tu me roubas um beijo.

onde ao Terreiro se chega a Paço,
deixa que o Carmo dite o compasso.

de mãos dadas, descemos ao Cais,
foda-se, o amor nunca é demais.
diante dos nossos olhos, celebramos 25 de Abril,
num crescendo febril.

sem nunca esquecer o Adamastor,
a tua nudez e o seu esplendor.
anoitece em Alfama,
uma fusão de corpos que se ama,

e já ao amanhecer, Cristo Rei a teus pés,
e eu prometo, eternamente, ser o teu revés.

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