é engraçado o passado,
tão falado, como se se tratasse,
de um achado.
um achado tomado
como certo
e, por isso, hoje, disserto,
sobre a irrelevância,
não só da nossa existência,
mas de uma individual vivência,
que a experiência,
não converte
em resiliência, mas somente
numa eventual nostalgia inerte.
é engraçado como ainda hoje
me afectas, me dissecas,
sem que haja oportunidade
de um olhar cruzado,
chorado.
que dizes saber há muito,
o que sou,
quem eu sou,
longe de eu o ter sonhado,
nos nossos idos dias
de conversas e fritarias.
é engraçado que no dia de hoje,
ainda te faça este convite,
que te deixes de merdas,
ganhes coragem,
te desfaças da imagem,
e me perguntes directamente,
o que é afinal feito de mim,
depois de todos estes anos,
sem chá de jasmim.
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