15 de janeiro de 2021


sei te lembrar

a energia era distinta e o magnetismo emergente.
enquanto me escapavas por entre as mãos, maior era a minha vontade de te segurar.
talvez fosse só uma questão de coragem, de afinar a perspetiva.
a dualidade entre a vontade e a assertividade como te atiras de cabeça para as coisas versus não saberes bem como ou porquê, navegando nas ondas dessa confusão mental – alucinogénia.
foi aí que deixaste que os teus olhos caminhassem na minha direção e o teu sorriso iluminou a sala.
e eu, que tenho tanta coisa por dizer, deixo-me aqui a olhar-te e a perceber-te, que nem os ventos do oeste, que mesmo suaves, te garanto: não param de soprar.

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