as lágrimas correntes
na tua cara
as tuas veias latejantes,
como nunca antes as senti.
o tempo que flui
à medida que a saudade se elui.
eternidades que nos percorrem
à velocidade da luz,
segundo a segundo, a pouco e pouco,
em cada palavra,
um silêncio novo se traduz.
lembro-me da noite
em que ousei escrever no vazio.
quando admiti, para mim,
o significado de cada arrepio.
escrevi que te amava,
ao mesmo tempo,
que o teu olhar
me questionava.
hoje, a cada ano-luz,
a cada unidade de tempo,
imprecisa,
concisa,
imensurável,
há um desejo que me conduz.
que esta eternidade perdure,
e que cada momento
me invada
como este mar que eu olho,
na alternância,
de maré cheia e maré vaza,
sem nunca nos cansar,
sem nunca deslembrar,
que esta
é a nossa casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário