10 de maio de 2017


às vezes quase que enterneço 
quando me mentes
e questiono-me sobre aquilo que sentes
todas as vezes que estremeço
sobre a possibilidade
de um resquício de afinidade
nas mentiras
que me atiras
quando recusas
que me usas 
para quebrar o teu vício
logo desde início.

não somos exemplo, 
não tivemos o nosso tempo.
para quê esperar,
quem queremos enganar,
se não nós?

nunca se navega um rio pela foz,
nem mesmo quando estamos sós.
mas que nunca me falte a voz,
para repetir o quanto te amo
enquanto me desa(r)mo.

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