30 de maio de 2017


san junipero, 
qual é esse teu desespero,
porque foges,
porque te escondes,
não te dás, nem respondes,
objectivo ulterior
ao exterior
que nunca conhecerá esse interior
rico, que eu edifico.

mas olha,
ainda bem que não me apareces à frente,
pois eu teria de fazer um cerco rente,
aos teus lábios,
que pouco dizem, sábios.
quanto mais revelas
mais são as sequelas.

já vivemos demais,
mundos reais,
ditos normais,
mas tão banais.

venham os muros, 
as defesas,
o desejo pelas surpresas,
em futuros inseguros,
sempre prematuros.

é por ti que espero,
eternamente,
em San Junipero.

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