3 de dezembro de 2017

sobre a tua hipotética aparição,
só há um senão,
é que não seja agora,
em boa hora,
para eu recordar
e finalmente acreditar
que vens por bem,
que vens aqui por mim,
por mais e como ninguém.

peço-te que não haja fim.

não sei se é reciproco,
que a mim te refiras,
como se eu fosse Messias,
quanto a mim, já só rezo, para não ser
meu equivoco.

sabes de onde vem toda a minha ânsia?
do amanhã estar a uma desculpa de distância
da tua substância.
de toda a circunstância.
do medo da eterna redundância.

mas já nada me sossega,
que estou cega,
jamais vou crer,
ser possível voltar a ver

(para além de.)

Sem comentários:

Enviar um comentário