e fugi para fora da sala
dei por mim noutra divisão da casa,
dei por mim noutra divisão da casa,
mas só mais uma do mesmo labirinto,
repleto de caras indistintas.
encostei-me ao móvel sem saber o que sentir,
repleto de caras indistintas.
encostei-me ao móvel sem saber o que sentir,
num característico explodir/implodir.
foi então que me agarraste
e me puxaste contra ti,
contra nós
e chorei,
quase sem parar.
fomos para fora, fazia frio.
o norte será sempre frio.
fumei dois cigarros seguidos entre os tremores e as arritmias.
tentei falar, mas gaguejei sons indecifráveis e tu,
voltaste-me para ti,
abraçaste-me
“não digas nada,
não precisas de dizer nada,
chora só".
e eu chorei,
como se fosse possível chorar todas as minhas dores,
foi então que me agarraste
e me puxaste contra ti,
contra nós
e chorei,
quase sem parar.
odeias que eu fume.
pegaste no meu maço e
levaste-me a fumar.fomos para fora, fazia frio.
o norte será sempre frio.
fumei dois cigarros seguidos entre os tremores e as arritmias.
tentei falar, mas gaguejei sons indecifráveis e tu,
voltaste-me para ti,
abraçaste-me
“não digas nada,
não precisas de dizer nada,
chora só".
e eu chorei,
como se fosse possível chorar todas as minhas dores,
compreender a infinidade das cores
e sorrir todos os desamores.
voltei ao centro-sul,
amanheço e anoiteço,
na esperança,
de um regresso conceptual,
que me agarre,
em cada espiral de distorcidos valores
que
se convertem em horrores.
de reis sem virtude,
caíram na história muitos principados.
também nós
cairemos em merda,
e atentando ao trono,
ansiaremos e creremos,
ser este o nosso destino,
o nosso propósito,
jurando
continuar a ser
nós próprios.
mas
desta vez,
meros duques,
ainda que do mesmo naipe.
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